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GOIÁS: UM NOVO CENÁRIO AGRÍCOLA

Um novo cenário agrícola

GOIÁS: UM NOVO CENÁRIO AGRÍCOLA

Um novo modelo de agriculturaestá se instalando em Goiás, não diria ser o modelo ideal, mas frente à tamanhacrise na agricultura nos últimos dois anos, o produtor se encontra em umaposição de desconforto e sem alternativas que lhe proporcione perspectivas demelhora e de solução para o problema das dívidas e dos refinanciamentosbancários.

Agrande jogada agora é a CANA-DE-AÇÚCAR, sendo já uma realidade palpável e concreta. A expansão da área plantada no estado é vistacomo a única alternativa viável para o agricultor, já que a demanda mundialpelo álcool e açúcar é projetada pelos especialistas, para algo em torno de 27milhões de toneladas de açúcar exportadas, e o consumo interno girando em 12,82milhões de toneladas, isso para 2013.

Segundoa Datagro, empresa especializada em consultoria para o setor sucroalcooleiro, aprojeção da demanda para 2013 / 2014, numa estimativa conservadora, para omercado interno e externo, dos produtos AÇÚCAR E ÁLCOOL, é a seguinte:

PRODUTO MERCADO INTERNO MERCADO EXTERNO
Açúcar 12,82 milhões/ton 27 milhões/ton
Álcool 27,88 bilhões/litros 5,9 bilhões/litros

Oque nos mostra o cenário mundial, é que existe a necessidade urgente do mundoproduzir alternativas que venham a substituir o petróleo, e o Brasil despontacomo grande fornecedor para consumidores de todo o planeta 1. Como oetanol é um produto menos poluente que a gasolina e o diesel, os países queprecisam reduzir a emissão de gases poluentes, tais como: Índia, Japão, PaísesBaixos e Estados Unidos, estão entre os maiores compradores do produtobrasileiro. Do total do comércio mundial, o Brasil é o responsável por 36% doaçúcar e 53% do álcool.

Paraas regiões Centro-Sul do Brasil, estão previstos a instalação deaproximadamente 80 empreendimentos relacionados com o setor sucroalcooleiro, enomes conhecidos como o ex-piloto de F1 Emerson Fittipaldi, o empresário doramo de calçados Alexandre Grendene, CFM Agro-Pecuária, e outros, estãoaderindo e ampliando a plantação de cana-de-açúcar em suas propriedades,substituindo as plantações de laranja, criação de gado e produção de grãos.

Ondeantes a lavoura ou a criação de gado era a estrela principal, hoje o que se vê éa expansão das lavouras de cana, mas, para o produtor que não têm experiênciacom a cultura, o ideal é que a terra seja arrendada para as usinas, e que eletenha conhecimento mínimo sobre as condições atuais dos mercados, das tabelasde custos e preços, é fundamental que converse com produtores que já estão noramo há mais tempo. É muito arriscadoiniciar um negócio somente pela expectativa ou mesmo pelo desespero de sair daagricultura ruim.

Alegislação prevê a colheita mecanizada da cana-de-açúcar, evitando assim asqueimadas pré-colheitas, o que diminuirá significativamente a contratação demão-de-obra, tudo isso deve ser pensado e pesado na hora da assinatura docontrato com as usinas que já existem e estão em expansão, assim como as novasque estão se instalando.

(1) Edição nº. 693 da Revista a granja


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